Toda mulher sonha em se casar e formar uma família, com direito a uma grande festa reunindo os amigos para comemorar. Seja qual for a classe social, a etnia, a religião e até a personalidade de uma pessoa, ela é igual a todas as outras e tem os mesmos direitos perante a sociedade.Foi pensando em ajudar as noivas que possuem alguma deficiência física ou problemas de coordenação motora a se integrarem cada vez com a comunidade e realizarem seus sonhos, que a professora Leny Pereira, criou um vestido de noiva diferente do convencional.
Foi durante uma palestra na faculdade abordando modelagem e ergonomia para pessoas com deficiência, que a professora começou a estudar crianças e adolescentes com paralisia cerebral, que tinham seus movimentos comprometidos.
Segundo Leny, as roupas surgiram para atender essa necessidade no início e logo tiveram desdobramento em outros segmentos da moda, incluindo a área de casamento. “Atendi uma noiva com comprometimento de movimentos de um lado de seu corpo e desenhei o vestido para ela todo adequado às necessidades de vestibilidade da mesma. Deslocando recortes, costuras e saia separada do corpo”, explicou.
Se para as noivas que não possuem nenhum tipo de deficiência física já é complicado vestir determinadas roupas, para as mulheres que possuem dificuldades, é ainda pior.
Focada nesse problema, Leny estudou a modelagem, pensou em como a noiva poderia passar os braços dentro do vestido, analisou o tamanho da abertura da cintura e até o conforto que a roupa traria para uma noiva que está em uma cadeira de rodas, por exemplo.
A professora pesquisou desde o forro do vestido até o tipo de tecido que poderia ser usado na confecção. “O uso de zíperes em recortes pode ajudar a noiva a usar as mãos para abrir e fechar o vestido”, contou.
Após todo o desenvolvimento da roupa, o vestido criado pela estilista foi feito com musseline e elastano, com forro de cetim, renda bordada na parte superior e aplicações de cristais e pedrarias. Para proporcionar conforto, a designer de moda deixou a roupa regulável nas costas e separou-a por partes, possibilitando a montagem de acordo com o manequim da noiva, que pode variar de 38 a 42.
“O próximo passo é lançar a marca no Paraná, em um evento que acontece no inverno. Quanto ao projeto, é algo nobre e desafiador. Acredito que contribuo de forma efetiva para o bem vestir de todos e para a melhora da auto-estima desse consumidor, agregando valor ao produto. Uma frase que gosto bastante diz que uma das tarefas do estilista é tornar a moda inclusiva e ao alcance de todos”, concluiu.
O vestido será comercializado e custará aproximadamente R$1.800, dependendo do tecido e dos bordados utilizados
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